AUTOR: JOÃO E. SÁ
13/11/2017
Mesmo que me trouxeres rosas,
Mesmo que me trouxeres malmequer,
Ainda que me dediques prosas,
Não serei mais sua amada e
mulher.
A minha carne será sempre coberta.
Os meus olhos serão sempre vendados,
Mesmo que entrares por aquela porta.
O amor vem e da mesma forma vai,
É apenas um sentimento que finda.
Quando entre partes há dor, ele cai.
Mesmo que esperança tenha ainda,
Mesmo que dançasses comigo à meia noite,
Mesmo que me derramasses os melhores vinhos,
Ainda que não me
desses aqueles acoites,
Nunca como amante
seguirei os seus caminhos.
Já não sou mais sua posse, sua mulher.
Quero viver o que não vivi:
Outra vida.
Deverás ir à busca de quem lhe quer
Deixe-me a sós, já
estou de ida.
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