Em quem pensar senão nelas?
Em quem falar se não delas?
Delas de quantas páginas e janelas?
Eu ouço, eu vejo...
Elas exprimem desejos,
Ilusões diversas, contos e fantasias...
Do verbo, fazem o possessivo.
Do verbo, fazem a vida.
Estão nos versos das poesias,
Falam das feridas...
Falam dos vivos...
Falam dos mortos...
Em quem falar senão nelas?
Saindo das páginas e janelas.
Indo ancorar sem porto,
Parecem frias e vazias...
São apenas palavras...
Lidas, escritas e não ouvidas,
Serão palavras, porém perdidas.
JOÃO E. SÁ
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